Desafios do bibliotecário na era digital
11 de maio de 2023

A imagem do profissional trabalhando atrás de uma pilha de livros já ficou no passado. A velocidade do fluxo informacional que hoje atravessa nosso cotidiano influenciou, também, o ritmo da educação. As bibliotecas digitais se espalharam pelas faculdades e universidades para dinamizar o acesso a informações confiáveis e atualizadas. Por consequência, a profissão do bibliotecário assumiu um novo papel.
Nas bibliotecas tradicionais, o bibliotecário era fundamentalmente responsável pela categorização do acervo sob critérios temáticos, preservação material dos exemplares impressos, e orientação e atendimento profissional aos usuários à procura de bibliografias. Antes, o bibliotecário desempenhava função de gestor do ambiente físico e das mídias impressas, garantindo um tráfego de informação organizado e funcional para todos que usufruem da biblioteca. Na era digital, o bibliotecário transformou-se em gestor de dados.
Bibliotecário: o novo gestor de dados
Em tempos de excesso de informação, o bibliotecário aparece como um curador de conteúdo dinâmico e atualizado. Seu material de trabalho analógico foi substituído por computadores, sistemas operacionais e uma ampla gama de mídias, em diferentes formatos de arquivo. Espera-se do bibliotecário contemporâneo amplo conhecimento em gestão da informação digital e domínio sobre os algoritmos de busca, para efetivamente otimizar o encontro entre o estudante e os conteúdos digitais que lhe são mais relevantes.
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Novas funções, novos desafios
Longe de perder sua importância, o bibliotecário agora assiste a revolução de suas funções tradicionais e precisa, em resposta à esmagadora demanda do mercado digital, reinventar-se enquanto profissional. É um processo cheio de desafios, visto que o prazo para tais mudanças é o futuro imediato. Você conhecerá alguns dos desafios a seguir:
Digitalizar a biblioteca tradicional
A transição para os acervos digitais aconteceu com muita rapidez nas instituições de ensino superior – agravada, certamente, pelo período pandêmico. Isso exige um amplo processo de reeducação de todos os agentes que dialogam com a biblioteca. Começando, é claro, pelo próprio bibliotecário, que precisa desenvolver domínio sobre softwares de gestão de dados para que possa aplicar todas as tecnologias da informação em benefício do usuário.
Depois de capacitado para gerenciar as novas tecnologias, o bibliotecário encabeça o desafio de familiarizar os usuários com as novas dinâmicas de acesso à informação – oferecendo suporte e treinamento sempre que necessário.
Abraçar a inovação
A biblioteca digital pode ser muito mais que um acervo de bibliografias acadêmicas acessível por canais virtuais. Espera-se do bibliotecário contemporâneo um olhar atento e curioso às potencialidades que a tecnologia oferece para a educação. Por meio de repositórios e base de dados, é possível criar fontes de informação que direcionam uma curadoria de conteúdos para a IES, com base nos títulos de maior acesso (indicando os temas de estudo que estão em alta entre os usuários).
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A inovação tecnológica também abre caminho para a expansão do papel da biblioteca dentro da comunidade. É possível criar redes de troca de informação entre bibliotecários, cidadãos, organizações e instituições de ensino, ampliando as possibilidades de modernização e democratização do conhecimento.
Compreender o novo usuário
A transição da dinâmica analógica para a digital traz à tona um novo usuário. Cabe ao bibliotecário ter empatia e escuta atenta às novas necessidades deste usuário, sejam indivíduos ou instituições, para rastrear os recursos de maior utilidade e assim arquitetar um serviço de qualidade cada vez superior.
A análise qualitativa sobre a experiência dos usuários está entre os recursos básicos para o aprimoramento dos serviços prestados, através da própria atividade do usuário. Como a dinâmica digital sugere maior interatividade entre leitor e conteúdo, é possível promover estratégias ainda mais inovadoras – como clubes de leitura via canais virtuais, ou ainda a gamificação dos conteúdos. Tudo isso, é claro, partindo da compreensão das demandas deste novo perfil de leitor digital.
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